terça-feira, 22 de março de 2011

Ternura


Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar  extático da aurora. Vinicius de morais

      
Como é gostoso ficar quieta... ouvindo no absoluto silêncio da tarde a tua respiração, me esquentar no calor morno do teu corpo, velar o teu sono... ai e essa preguiça, terna, calma, cheia de paz... preguiça boa ... provocada pelo mormaço desses dias quentes e úmidos de final de verão.... um cansaço, um sono... delicia!!

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