quinta-feira, 31 de março de 2011

A vida é incerta...


Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez, é a desilusão de um “quase”.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, ás vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom dia”, quase que sussurrados. A paixão queima, o amor enlouquece, e o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
 Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris teria tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz de si.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu!
(Luiz Fernando Veríssimo)

quinta-feira, 24 de março de 2011

TRAVA

Soneto Do Amor Total
Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

       Quando conseguirei falar abertamente o que eu sinto??? Porque é tão dificil falar sobre o que salta aos olhos de qualquer um??? Existe em mim uma grande necessidade de te dizer o que se passa em meus pensamentos...  mas, a minha voz trava, as palavras não saem e eu fico me sentindo sufocada. Não entendo como algo que parece ser tão facil, pode ser tão torturante... isso dilacera meu espirito.

terça-feira, 22 de março de 2011

Ternura


Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar  extático da aurora. Vinicius de morais

      
Como é gostoso ficar quieta... ouvindo no absoluto silêncio da tarde a tua respiração, me esquentar no calor morno do teu corpo, velar o teu sono... ai e essa preguiça, terna, calma, cheia de paz... preguiça boa ... provocada pelo mormaço desses dias quentes e úmidos de final de verão.... um cansaço, um sono... delicia!!

domingo, 20 de março de 2011

A paixão me move


“Nunca é tarde, nunca é demais
Onde estou onde, onde estás
Meu amor vem me buscar.
O meu destino é caminhar assim
Desesperada e nua
Sabendo que no fim da noite serei tua
Deixa eu te proteger do mal,
Dos medos e da chuva.
Acumulando de prazeres o teu leito...
Vamos ceder enfim à tentação das nossas bocas cruas
E mergulhar no poço escuro de nós...
Vamos viver agonizando uma paixão vadia
Maravilhosa e transbordante,
Feito uma hemorragia...” Chico Buarque

 
Saudade, muita saudade... como te quero!!!!

sábado, 19 de março de 2011

Ao meu filho

Quem diria, meu bebê já vai fazer 10 anos, eu ainda não acredito que tenho um filho (maravilhoso, bom, lindo, inteligente, carinhoso, td de bom!), como eu gostaria de ser uma mãe melhor...

Te amo!!!!